O Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Araguaína da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), enviou à Prefeitura de Araguaína, recomendações para que reforce a assistência à população de rua da cidade e venezuelanos, em razão do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Conforme o defensor público e coordenador do Nuamac de Araguaína, Pablo Mendonça Chaer, o Núcleo solicitou no dia 20 de março, informações da prefeitura, sobre a atuação frente à população vulnerável, sendo informado que existe previsão de entrega de cestas básicas para todo esse grupo. Para os moradores de rua da cidade, a gestão informou que serão relocados na Comunidade Vida Nova (projeto de tratamento terapêutico para dependentes químicos).

Mendonça explica que a preocupação, em especial com os venezuelanos e a população de rua, ocorre em razão a ausência de domicílio e a necessidade perante o uso de equipamentos coletivos para a sobrevivência, que contribuem para a contaminação com a Covid-19. “Esse grupo se encontra em extremo risco, diante da impossibilidade de cumprir uma rotina plena de higienização, além da vulnerabilidade social proveniente da própria situação de refugiado”, ressaltou o coordenador do Núcleo.

Dentre as recomendações emitidas pelo defensor, indica que sejam reforçados os serviços de alimentação e higiene nos locais destinados à população em situação de rua, com fornecimento de álcool gel, máscaras faciais de proteção descartáveis, bem como produtos de higiene básica. O texto também aborda, caso necessário, a utilização do Estádio Mirandão, bem como de outros espaços que se encontrem sem uso no momento, devido à suspensão de suas atividades em decorrência da COVID-19, para abrigar as pessoas em situação de rua.

A Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Tocantins, reforça o comprometimento de seus associados em garantir o básico necessário à sobrevivência com dignidade das pessoas mais vulneráveis, principalmente no contexto atual de pandemia que assola o mundo.